O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembolsou um total de R$ 83,4 mil em passagens aéreas para que a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, pudesse participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, França.
De acordo com dados do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, esse foi o segundo gasto mais elevado entre todos os funcionários do governo federal durante o mês de julho.
Gastos extremos em viagens aéreas
Embora o valor gasto com as passagens de Janja seja significativo, ele foi superado apenas por Gilmar da Cunha Trivelato, pesquisador da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), cuja passagem custou R$ 94,6 mil.
No entanto, as despesas não param por aí. Os custos das duas passagens aéreas de Janja ultrapassaram os gastos de Celso Amorim, ex-chanceler e atual assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais. Amorim teve quatro passagens pagas pelo governo federal, com um custo total de R$ 75,5 mil.
Qual foi o propósito da viagem de Janja?
Janja desembarcou em Paris no dia 25 de julho e retornou ao Brasil no dia 29. Além de participar da abertura dos Jogos Olímpicos, a primeira-dama tinha uma série de compromissos oficiais, representando o presidente Lula em várias agendas.
A estadia de Janja em Paris
A primeira-dama foi recepcionada pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Além disso, Janja se encontrou com ministros do governo brasileiro, prefeitos de cidades de diversos países e representantes de bancos.
Essa foi a primeira vez na história que o governo brasileiro foi representado por uma primeira-dama em uma edição da Olimpíada. Vale ressaltar que Janja conseguiu sua credencial após um “exceção” do Comitê Olímpico Internacional (COI), fora do prazo estipulado.
Impacto dos gastos públicos em viagens internacionais
Esses gastos com viagens aéreas têm gerado debates sobre a eficiência e a transparência na gestão dos recursos públicos. A comparação de despesas entre funcionários do governo revela uma necessidade de supervisão mais rigorosa e uma política de austeridade nas viagens internacionais.