Quando o assunto é ações da bolsa de valores, empresas como Petrobras e Vale são as primeiras que vêm à mente. Não por acaso. Elas são as companhias mais negociadas na bolsa de valores, e, portanto, as ações com maior liquidez. Em 2024, as ações preferenciais da Petrobras alcançaram o topo do ranking, trocando de lugar com a Vale.
A Petrobras com suas ações preferenciais (PETR4) lidera o ranking de liquidez em 2024, substituindo a Vale (VALE3), que foi a mais negociada nos últimos três anos. A soma das ações preferenciais e ordinárias da Petrobras (PETR3 + PETR4) já vinha apresentando volumes superiores aos da Vale. Assim, a petrolífera se consolida como a empresa com maior liquidez na bolsa.
Vale e Petrobras trocam de posição entre as ações com maior liquidez
Essa troca de posição pode ser creditada ao desempenho ruim da Vale em 2024, com uma queda de mais de 25% no preço de suas ações. A redução na demanda da China, principal compradora de minério de ferro brasileiro, é um dos principais fatores dessa baixa. Muitos investidores optaram por vender seus papéis da Vale, enquanto a Petrobras apresentou-se mais atrativa devido à manutenção da política de dividendos e resultados financeiros positivos.
Qual é o significado de liquidez e por que isso é importante?
Liquidez refere-se à facilidade com que um ativo pode ser negociado no mercado. Quanto maior a liquidez, maior a probabilidade de o ativo ser comprado assim que é colocado à venda. Em contrapartida, ativos com menor liquidez enfrentam baixa procura, dificultando a venda.
Nas negociações de ações na bolsa de valores, o principal indicador de liquidez é o volume financeiro. Empresas que movimentam mais dinheiro em um determinado período tendem a ter uma maior liquidez.
As 20 ações mais líquidas da bolsa em 2024
- Petrobras (PETR4): R$ 210.876.495.252,00
- Vale (VALE3): R$ 198.962.073.369,00
- Itaú (ITUB4): R$ 105.967.722.166,00
- Bradesco (BBDC4): R$ 72.721.154.644,00
- B3 (B3SA3): R$ 66.747.490.674,00
- Petrobras (PETR3): R$ 66.617.247.515,00
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 65.719.104.589,00
- Localiza (RENT3): R$ 56.245.891.263,00
- Prio (PRIO3): R$ 55.682.527.380,00
- Suzano (SUZB3): R$ 53.717.175.362,00
- Ambev (ABEV3): R$ 44.812.518.319,00
- BTG Pactual (BPAC11): R$ 41.575.527.765,00
- Eletrobras (ELET3): R$ 38.874.140.771,00
- Sabesp (SBSP3): R$ 38.004.750.010,00
- Magazine Luiza (MGLU3): R$ 35.388.070.464,00
- Hapvida (HAPV3): R$ 34.080.922.681,00
- Equatorial (EQTL3): R$ 33.755.812.978,00
- WEG (WEGE3): R$ 32.375.887.621,00
- Rumo (RAIL3): R$ 31.760.031.869,00
- Lojas Renner (LREN3): R$ 31.248.323.564,00
A Queda na Liquidez das Ações em 2024
Em 2024, a bolsa de valores viu uma queda no volume financeiro negociado. Segundo a consultoria Elos Ayta, o volume diário foi de R$ 18,83 bilhões no segundo trimestre, o menor desde o quarto trimestre de 2019, quando foi de R$ 17,30 bilhões. Essa redução afetou também a volatilidade das ações, que alcançou um dos menores patamares históricos em 30 de junho de 2024, com 13,70.
“A menor atividade de negociação reduz a capacidade de formação de preços eficientes, enquanto a baixa volatilidade pode afastar investidores que buscam retornos mais altos associados a movimentos de mercado mais pronunciados”, explica Einar Rivero, consultor e CEO da Elos Ayta.