Crise na Burberry (BRBY): queda nas ações traz mudanças estratégicas

Por: Maiana Moura

A prestigiada grife britânica Burberry, conhecida por seus icônicos xadrezes e acessórios de luxo, enfrenta um momento delicado em sua história de quase 170 anos.

Após um desempenho abaixo do esperado no primeiro trimestre, a empresa viu suas ações tumbled out 15,4% logo no início da semana.

A administração decidiu tomar atitudes drásticas para tentar reverter a situação, incluindo a troca de seu CEO e a interrupção do pagamento de dividendos aos acionistas.

Esta série de eventos desencadeou uma avaliação crítica sobre os próximos passos da Burberry no competitivo mercado de luxo.

Por que a Burberry está enfrentando essa crise?

Com a recente desaceleração nas vendas, a Burberry estima um prejuízo operacional para o primeiro semestre do ano e já prevê que os lucros anuais ficarão abaixo das expectativas.

As vendas em lojas caíram cerca de 21% nas últimas 12 semanas, afetando todos os mercados, mas com declínios acentuados na Ásia-Pacífico e nas Américas.

Quem assume a liderança para a recuperação?

Em resposta aos desafios atuais, a Burberry nomeou Joshua Schulman como seu novo CEO. Schulman, que tem um histórico respeitável na liderança de outras grandes marcas como Michael Kors e Coach, é visto como uma escolha estratégica para revitalizar a Burberry. Seu predecessor, Jonathan Akeroyd, deixou o cargo por acordo mútuo com o Conselho.

Qual é o plano para reverter o cenário atual?

Gerry Murphy, Presidente da Burberry, admitiu que o desempenho foi decepcionante e revelou algumas iniciativas visando a recuperação. "Diante das condições atuais de mercado, decidimos suspender o pagamento de dividendos do exercício fiscal de 2025 e focaremos em economia de custos significativa", explicou Murphy.

Ele também mencionou planos de reequilibrar a oferta de produtos, incluindo itens de luxo para uso diário, e melhorar a presença online da marca.