Desde 2016, todos os anos, os trabalhadores brasileiros que possuem uma conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) recebem uma parte dos lucros obtidos pelo fundo.
O FGTS tem a obrigação de remunerar as contas dos trabalhadores pela Taxa Referencial (TR) acrescida de 3% ao ano.
No entanto, o fundo também realiza operações financeiras, como a concessão de empréstimos, que geram receitas adicionais.
Os lucros resultantes dessas operações, após a dedução dos custos operacionais, são então distribuídos entre os cotistas.
A cada fim de ano, o FGTS divulga um balanço com detalhes sobre as atividades financeiras e o patrimônio acumulado.
Em 2023, por exemplo, o patrimônio do fundo estava em R$ 704 bilhões, com um estoque de empréstimos de R$ 497 bilhões e investimentos financeiros no valor de R$ 196 bilhões.
O lucro anual, após deduzir despesas de R$ 38 bilhões das receitas totais de R$ 61 bilhões, foi de R$ 23 bilhões.
Qualquer trabalhador com carteira assinada e que tem uma conta vinculada ao FGTS é elegível para receber uma parte dos lucros.
A distribuição é feita proporcionalmente ao saldo da conta no último dia de cada ano.
Assim, para os lucros de 2023, os créditos foram realizados em agosto de 2024, sendo calculados pela multiplicação do fator de 0,02693258 pelo saldo em 31 de dezembro de 2023.