Você Já Viu uma Nota de R$ 200? Entenda por que ela é Rara no Brasil

Por: Maiana Moura

Há três anos, em setembro de 2020, o Banco Central anunciou a criação da cédula de R$ 200.

A autoridade monetária afirmou que a cédula visava facilitar o pagamento do auxílio emergencial e prevenir a falta de papel-moeda durante a pandemia.

Dados do Banco Central mostram que apenas 132 milhões de cédulas de R$ 200 circulam atualmente, uma quantidade menor do que a própria nota de R$ 1, aposentada em 2005.

Para efeito de comparação, circulam cerca de 1,74 bilhão de notas de R$ 50 e 1,81 bilhão de notas de R$ 100. Mas por que a nota de R$ 200 é tão pouco vista nas mãos dos brasileiros?

O Banco Central encomendou 450 milhões de cédulas em 2020, mas mais de 70% delas ainda aguardam para entrar em circulação.

Paula Sauer, professora da FIA Business School, cita três motivos principais para a baixa circulação da nota de R$ 200:

O fenômeno do entesouramento, a criação do Pix e a inadequação da cédula às pessoas com deficiência visual.

Desde o lançamento da nota de R$ 200, em 2020, tivemos uma grande mudança com o surgimento do Pix em 2021.

Essa ferramenta de transferências permitiu que os brasileiros façam pagamentos de maneira rápida e segura, diminuindo a necessidade de utilizar dinheiro em papel.

A Defensoria Pública e a Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB) moveram uma ação na Justiça pedindo a alteração do tamanho da nota de R$ 200 para diferenciá-la da nota de R$ 20, facilitando assim o uso para deficientes visuais.

O Banco Central argumentou que não haveria tempo hábil para modificar o tamanho da cédula.