O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 6,9% no segundo trimestre de 2024, o menor nível para o período em 10 anos. Além do recorde de pessoas empregadas, a renda média do trabalhador também apresentou aumento.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (31). A taxa mostrou uma queda significativa comparada aos 7,9% registrados nos primeiros três meses do ano e aos 8,0% do segundo trimestre de 2023.
Esse é o menor índice desde o início de 2015 e a menor taxa para um trimestre encerrado em junho desde 2014, que também registrou 6,9%. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apresentou resultados em linha com as expectativas do mercado.
Quais são os impactos do baixo desemprego no Brasil?
O aquecimento do mercado de trabalho no Brasil tem mantido a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos. Especialistas acreditam que essa tendência deve continuar, o que, por sua vez, levanta preocupações com a inflação, especialmente no setor de serviços, uma vez que a renda média do trabalhador está aumentando.
No segundo trimestre, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.214, o que representa um aumento de 1,8% em comparação ao trimestre anterior e de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Como o nível de emprego atingiu recordes históricos?
No segundo trimestre de 2024, o número de desempregados caiu para 7,541 milhões, uma redução de 12,5% em relação aos três primeiros meses do ano e um recuo de 12,8% comparado ao mesmo período do ano passado. Este é o menor número de pessoas em busca de trabalho desde fevereiro de 2015.
O total de pessoas empregadas atingiu um novo recorde de 101,83 milhões. Esse número é 1,6% maior que o do primeiro trimestre e 3,0% superior ao do segundo trimestre de 2023.
Evolução nos setores de atividade
Além dos diversos recordes, houve um aumento de 1,0% nos trabalhadores com carteira assinada no setor privado, totalizando 38,380 milhões. Os empregados sem carteira assinada também cresceram 3,1% na mesma base, chegando a 13,797 milhões.
O comércio, a administração pública e as atividades de informação e comunicação foram os setores que mais contribuíram para esses números positivos. A expansão nessas áreas tem impulsionado tanto a remuneração quanto o nível geral de ocupação.
Futuro do mercado de trabalho no Brasil
O IBGE também destacou que a população desalentada — pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de buscar emprego — recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho. Esse é o menor contingente desde junho de 2016, refletindo uma queda de 9,6% no trimestre e de 11,5% ao longo do ano.
A redução do desalento é atribuída à melhoria das condições do mercado de trabalho, o que tem incentivado esse grupo a retornar à força de trabalho.
Por fim, o mercado de trabalho no Brasil segue apresentando resultados positivos, com novas conquistas e a manutenção de tendências favoráveis. O futuro parece promissor, com melhorias contínuas e novas oportunidades surgindo para a população.