Uma mudança significativa acaba de acontecer no panorama financeiro da Taesa (TAEE11). O Itaú BBA, através da análise de Marcelo Sá e sua equipe, revisou a classificação da empresa para market perform e elevou o preço-alvo de R$ 35,90 para R$ 36,70. Este aumento no preço-alvo sugere um potencial de alta de 6% para os próximos meses, uma notícia que certamente interessará aos investidores da companhia.
A revisão foi motivada, em grande parte, pelas expectativas de pagamento de dividendos, que continuam sendo um atrativo fundamental para os acionistas, apesar do maior grau de alavancagem da empresa. De acordo com os especialistas, os rendimentos previstos para os próximos anos são promissores, alcançando marcações de 6% já em 2024, e crescendo para 8% nos dois anos seguintes.
Por que a Taesa está atraindo tanto interesse?
O entusiasmo dos analistas do Itaú BBA não é infundado. Embora Taesa tenha enfrentado uma maior alavancagem recentemente, a empresa se destaca por sua gestão de risco eficiente, e uma geração de caixa robusta que deve ser fortalecida com a conclusão e operação dos atuais projetos em andamento.
Esses projetos, que incluem empreendimentos nos moldes Greenfield e Brownfield, representam uma previsão de aporte de cerca de R$ 3,2 bilhões até 2027, adicionando cerca de R$ 550 milhões às receitas da Taesa. Essa expansão, aliada a uma melhora na eficiência tributária, levou os analistas a revisarem para cima em mais de 15% a expectativa de rendimento líquido da empresa para o período entre 2024 e 2027.
Qual o futuro dos dividendos da Taesa?
Em meio a cenários de oscilações de mercado e alterações de política econômica, a Taesa anunciou que reduzirá o pagamento de dividendos em 2024 para 75%, com expectativa de elevação para 90% em 2025 e 100% em 2026. Essa estratégia reflete uma nova política de dividendos, que será orientada pelo lucro líquido regulamentar em vez de seguir as normas da IFRS.
Esta mudança é especialmente vantajosa para os investidores, uma vez que facilita a previsão dos dividendos a serem recebidos. Desta forma, mesmo em um contexto de alta alavancagem, Taesa consegue manter sua proposta de valor através dos dividendos atraentes e de um modelo de negócios de baixo risco.
Como reagirá o mercado a essas mudanças?
Apesar de um desempenho relativamente fraco no acumulado do ano, em linha com as variações do Ibovespa, os papéis da Taesa apresentam, agora, uma taxa interna de retorno real que parece mais atraente, fixada em 7,8%. Isso pode indicar um momento oportuno para manter ou até mesmo ampliar investimentos na empresa, dado o novo cenário de previsão de dividendos e expansão operacional.
Portanto, observa-se uma mistura de prudência e otimismo nas projeções para Taesa, sugerindo que, para investidores de longo prazo, especialmente aqueles focados em rendimentos de dividendos, pode haver boas oportunidades à frente. Com o reconhecimento de fatores como a gestão eficaz e expansão de receita apontados pelo Itaú BBA, a empresa se estabelece como uma candidata sólida para figurar nas carteiras orientadas ao dividend growth.