Os fundos imobiliários estão conquistando cada vez mais espaço entre os investidores brasileiros, aproximando-se da marca de três milhões de cotistas.
Essa popularidade se deve, em grande parte, à possibilidade de exposição ao mercado imobiliário através do mercado de capitais, uma preferência antiga no Brasil, e à chance de criar uma renda passiva a longo prazo.
Esses fundos, por sua vez, são obrigados a distribuir pelo menos 95% de seus lucros aos cotistas, o que faz deles uma alternativa atrativa de investimento com rendimentos isentos de imposto de renda.
Os proventos mensais são especialmente sedutores para aqueles que buscam renda regular, mas é fundamental compreender como se dá a remuneração desses fundos. Os fundos de “tijolo”, que investem diretamente em imóveis físicos, oferecem rendimentos por meio da valorização do próprio imóvel e da receita proveniente de aluguéis. Segundo especialistas, essa renda pode ser estável ao longo dos meses, mesmo com possíveis mudanças de inquilinos ou reajustes de contratos.
Como funcionam os fundos imobiliários de “tijolo” e “papel”?
Os fundos imobiliários podem ser categorizados em dois tipos principais: tijolo e papel. No primeiro caso, o investimento é feito diretamente em imóveis físicos, o que proporciona rendimentos tanto pela apreciação dos ativos quanto pela receita de aluguel. A diversificação desses fundos geralmente garante estabilidade mensal nos rendimentos, e eles são reajustados conforme índices econômicos como o IPCA ou IGP-M.
Por outro lado, os fundos de “papel” focam em títulos de renda fixa do setor imobiliário, entregando retornos por meio de correções monetárias e juros. Esses tendem a oferecer rendimentos mensais mais elevados, pois a valorização patrimonial não é esperada da mesma forma que ocorre nos fundos de tijolo. Portanto, um reinvestimento dos rendimentos pode ser necessário para proteger o valor real do patrimônio.
Que estratégia adotar para gerar renda mensal com fundos imobiliários?
Para quem deseja alcançar uma renda mensal significativa, como R$ 5 mil, é necessário planejar bem o investimento inicial. O primeiro passo necessita definir a meta de renda mensal desejada e calcular o valor necessário a ser investido para obter tal retorno. Com um perfil moderado de risco, focando tanto em renda quanto em valorização patrimonial, seria necessário investir aproximadamente R$ 600 mil.
Estratégias mais agressivas podem incluir fundos de papel com maior risco, o que pode acarretar em maior volatilidade das cotas. No entanto, potencialmente, gerariam retornos mensais mais altos, dependendo das condições do mercado e dos perfis dos fundos escolhidos.
Imóveis ou fundos imobiliários: Qual é a melhor opção?
Na comparação entre investir em um imóvel físico ou em uma carteira diversificada de fundos imobiliários, os fundos se destacam em termos de rentabilidade e eficiência na geração de renda passiva.
Eles permitem uma diversificação maior de inquilinos e exposição a propriedades de alta qualidade em variados setores econômicos. Mesmo com taxas de gestão, costumam proporcionar uma rentabilidade superior e ainda são isentos de impostos para pessoas físicas.
Além disso, eles oferecem benefícios operacionais, liberando o investidor da gestão direta de propriedades como a negociação com inquilinos e questões de liquidez. Entretanto, é essencial considerar a natureza dos fundos como ativos negociados em bolsa, sujeitos a flutuações diárias em seus valores.
Esse aspecto de renda variável pode não ser confortável para todos os perfis de investidores, tornando vital uma compreensão clara do funcionamento dessa classe de ativos antes de qualquer decisão de investimento para geração de renda passiva a longo prazo.