Os Estados Unidos estão em negociações para uma possível anistia política ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que se mantém no poder há 11 anos. As informações foram reveladas pelo The Wall Street Journal em uma reportagem exclusiva no último domingo (11).
Segundo o jornal, o governo norte-americano está considerando oferecer perdão político a Maduro e seus principais aliados, que enfrentam acusações do Departamento de Justiça dos EUA.
O objetivo é persuadir Maduro a deixar o posto antes do final de seu mandato, previsto para janeiro de 2025. Fontes próximas às autoridades políticas confirmaram que o Brasil também faz parte dessa operação encabeçada pelos EUA.
Negociações dos EUA com Maduro
O The Wall Street Journal informou que os Estados Unidos colocaram “tudo sobre a mesa” para convencer Maduro a deixar o poder. Isso inclui a possibilidade de não seguir adiante com a extradição dos principais tenentes do regime venezuelano. As negociações secretas começaram em Doha no ano passado, mas Maduro recusou a oferta inicial.
Fontes próximas ao presidente venezuelano dizem que, embora sua posição inicial não tenha mudado, ele está aberto a negociações, desde que haja respeito pela soberania da Venezuela. “Não mexa nos assuntos internos da Venezuela, é tudo o que peço”, declarou Maduro em uma entrevista coletiva recente.
Qual é o papel do Brasil?
Além dos Estados Unidos, três dos países mais populosos da América Latina – Brasil, México e Colômbia – estão envolvidos nos esforços. A estratégia é que essas nações adotem uma posição mais dura contra Maduro, pressionando-o a apresentar provas concretas de sua vitória nas últimas eleições.
A eleição venezuelana ocorreu em julho. No entanto, o cenário político está tenso, com a oposição alegando ter ganhado o pleito. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado a Maduro, proclamou sua vitória sem divulgar as atas eleitorais, que são os documentos que registram os votos e os resultados por local de votação.
Quais são as próximas etapas?
Maduro deve tomar posse em cinco meses, e a pressão internacional está aumentando. A ideia de anistia está sendo considerada como uma forma de evitar um colapso político maior na Venezuela e promover uma transição pacífica de poder.
De acordo com fontes próximas, ainda há muita indefinição no ar. No entanto, é claro que a comunidade internacional está observando de perto os desdobramentos na Venezuela, com especial atenção ao papel desempenhado pelo Brasil e outros países latino-americanos.
Receberemos mais informações à medida que as negociações avançam, e você pode acompanhar todas as atualizações aqui. A situação é complicada e cheia de nuances, mas cada movimento é crucial para o futuro político da Venezuela.
