Uma pesquisa recente da Genial/Quaest revelou um aumento na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrando agora 54% de aceitação entre os entrevistados. Este número representa uma melhora quando comparado a dados anteriores, sinalizando um aumento de quatro pontos percentuais. Este resultado foi divulgado nesta quarta-feira (10). Paralelamente, a taxa de reprovação do presidente diminuiu de 47% para 43%.
Essa elevação na popularidade do presidente pode ser explicada pelo sentimento de melhora econômica especialmente notado entre as populações mais pobres, e focada em indivíduos entre 35 e 59 anos que ganham até dois salários mínimos e residem na região Sudeste do Brasil. Apesar desta perspectiva positiva, a maioria nacional ainda acredita que a economia do país deteriorou-se nos últimos 12 meses.
Como a popularidade de Lula cresceu entre os mais pobres?
De acordo com o levantamento, realizado presencialmente de 5 a 8 de julho com 2.000 pessoas, a melhoria da percepção econômica entre os mais pobres influenciou diretamente na avaliação positiva do mandato de Lula. Com uma condução focada em interesses sociais e em constantes críticas à política de juros, Lula conseguiu reverter sua imagem junto a essa parcela da população.
Lula contra o mercado financeiro: o que pensam os brasileiros?
A pesquisa revelou que 66% dos entrevistados apoiam Lula nas críticas ao Banco Central e à sua política de juros, que têm sido um ponto de discordância desde o inicio de seu terceiro mandato. Somente 23% discordam dessa visão. Além disso, a maioria (67%) concorda que o presidente não deve satisfações ao mercado financeiro, mas sim ao povo brasileiro.
Reprovação de Lula: quem são os críticos?
O estudo também mapeou as características do grupo que ainda reprova a gestão de Lula. Esta reprovação é maior entre pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos, são brancas, do sexo masculino, com ensino superior (completo ou não), de religião evangélica e residentes na região Sul do Brasil.
Em relação à situação econômica do Brasil, enquanto 36% dos entrevistados percebem piora no último ano, 32% veem estabilidade e 28% notaram melhoria. Esta percepção positiva da melhoria econômica aumenta significativamente entre os economicamente mais vulneráveis, enquanto a avaliação negativa é muito mais expressiva entre os mais ricos.
- Operação da Pesquisa: Realizada pela Genial, uma plataforma de investimentos, e pela Quaest, empresa de inteligência de dados.
- Amostra: 2.000 entrevistados presencialmente.
- Período: 5 a 8 de julho.
- Margem de Erro: 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os dados desta pesquisa indicam um cenário de polarização na perspectiva sobre a gestão de Lula, com uma notável divisão entre diferentes demografias socioeconômicas e geográficas. Resta ver como essas percepções evoluirão ao longo do ano e quais serão os impactos nas decisões políticas e econômicas futuras do país.