Uma mudança demográfica significativa está em curso no Brasil: a população idosa está crescendo rapidamente e, em breve, se tornará a maior faixa etária do país.
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os brasileiros com mais de 60 anos já representam 15,6% da população, superando pela primeira vez a faixa etária de 15 a 24 anos.
Projeções para o futuro
As projeções do IBGE indicam que essa tendência se intensificará nas próximas décadas. Em 2046, os idosos devem representar 28% da população, e em 2070, esse percentual pode chegar a 37,8%. Essa transformação demográfica é resultado da combinação de dois fatores principais: a queda da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida.
A taxa de fecundidade, que representa o número médio de filhos por mulher, caiu de 2,32 filhos por mulher em 2000 para 1,57 em 2023. Já a expectativa de vida ao nascer subiu de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023, e deve chegar aos 83,9 anos em 2070.
A informação sobre a aprovação da base orçamentária do INSS para 2025 traz à tona um ponto crucial no debate sobre o envelhecimento da população brasileira: a sustentabilidade do sistema previdenciário.
INSS aprova base orçamentária para 2025
Pensando justamente no envelhecimento da população, o INSS também traçou nesta quarta (22) a base orçamentária para 2025. Veja o que foi definido:
- Despesas discricionárias: O valor aprovado para despesas discricionárias, que são aquelas que o governo pode escolher como gastar, foi de R$ 1,9 bilhão para o INSS e R$ 188,4 milhões para o Ministério da Previdência Social. Essas despesas podem ser utilizadas para investimentos em tecnologia, modernização dos serviços e melhoria da gestão.
- Suplementação: Apesar da aprovação do orçamento, os conselheiros identificaram a necessidade de uma suplementação de R$ 545 milhões para o INSS, com o objetivo de garantir o funcionamento operacional e a prestação dos serviços.