Um possível acordo entre Petrobras (PETR4) e Acelen para recomprar a Refinaria de Mataripe, anteriormente conhecida como Refinaria Landulpho Alves, tem gerado discussões acaloradas no mercado. Segundo o BTG Pactual, embora o mercado veja a operação como quase certa, ela pode ser desfavorável para a estatal brasileira.
Análise do BTG Pactual
Os analistas Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte do BTG Pactual afirmam que as operações de refinaria da Petrobras têm apresentado margens consistentemente mais baixas em comparação com suas atividades de exploração. Eles destacam que a recompra da Refinaria de Mataripe, esperada para ser concluída em 2025, não deve afetar significativamente os dividendos deste ano, pois pode não envolver o ativo completo.
Impacto nos Dividendos e Ações
Apesar da robusta geração de caixa da Petrobras, o BTG Pactual alerta que aquisições com baixo retorno aumentam a inquietude dos investidores, podendo prejudicar as ações. Mesmo com a recompra, os dividendos de 2025 da empresa não devem sofrer grandes alterações. No entanto, as preocupações sobre margens de lucro baixas nas operações de refinaria são um ponto crítico.
Recomendação e Preço-Alvo
O BTG Pactual mantém uma recomendação de compra para as ações preferenciais da Petrobras, com preço-alvo fixado em R$ 49,00 na B3. Por volta das 11h20, os papéis PETR4 registravam uma leve queda de 0,2%, sendo cotados a R$ 38,51.
Desafios e Futuro da Petrobras
A potencial recompra da Refinaria de Mataripe é acompanhada de perto por analistas e investidores, que consideram os riscos e benefícios dessa operação. As margens de lucro mais baixas das refinarias em comparação às operações de exploração da Petrobras são uma preocupação constante. O desfecho dessa negociação será crucial para definir as futuras estratégias de investimento e operação da estatal no competitivo setor de refino.
A comunidade financeira e os acionistas da Petrobras continuam atentos às próximas etapas deste acordo. As análises do BTG Pactual sublinham a complexidade e os desafios enfrentados pela empresa ao tentar equilibrar operações lucrativas com estratégias de compra que garantam sustentabilidade e retorno adequado a longo prazo. O resultado dessa negociação terá um impacto significativo nas estratégias futuras da Petrobras no setor de refino.