Recentemente, o preço do ouro atingiu valores inéditos no mercado financeiro. Em Nova York, o índice GCZ24, que monitora os preços futuros do metal, alcançou US$ 2,7 mil por 31 gramas.
Os especialistas apontam diferentes razões para essa elevação no preço do ouro. A compra significativa por bancos centrais globais, o receio de inflação, e as incertezas sobre uma possível recessão nos Estados Unidos são alguns dos fatores destacados. Assim, para os investidores, as opções incluem a aquisição de cotas de ETF de ouro ou ações de empresas mineradoras.
Por que o ouro alcançou um valor recorde em 2024?
O aumento no preço do ouro indica que, para muitos investidores, o cenário econômico de 2024 apresenta mais incertezas do que estabilidade.
Diversos fatores geopolíticos e econômicos contribuem para essa percepção. O ouro é frequentemente utilizado em momentos de risco geopolítico e desvalorização monetária, e atualmente, ambos estão em jogo.
Outro ponto destacado por especialistas é a desvalorização do dólar. No cenário global, a moeda norte-americana tem perdido valor, o que contribui para a busca por ativos mais seguros, como o ouro.
Como investidores podem aproveitar a valorização do ouro?
A tendência é que o preço do ouro continue estável ou mesmo em alta no curto a médio prazo, conforme indicam as incertezas geopolíticas e econômicas.
Um dos instrumentos mais populares para se beneficiar da valorização do ouro são os ETFs. No Brasil, o GOLD11, gerido pela XP Vista Asset, é uma das principais opções disponíveis no mercado.
Além dos ETFs, investir em ações de mineradoras de ouro também pode ser uma estratégia lucrativa. Mineradoras como a Aura Minerals têm grande potencial de retorno devido à alta do ouro. Essas empresas podem multiplicar a valorização do metal em lucros, resultando em dividendos substanciais para os investidores.
Embraer (EMBR3) também em alta
Para além do ouro, neste ano, o mercado de ações brasileiro registrou performances notáveis, com algumas empresas se destacando pela expressiva valorização de seus ativos.
Entre elas, a Embraer (EMBR3) sobressaiu, mais do que dobrando seu valor de mercado e liderando as maiores valorizações do Ibovespa no período. Apenas em setembro, a companhia registrou um crescimento superior a 2%.
Além da Embraer, setores como os frigoríficos também tiveram altas expressivas, impulsionados pelo aumento da demanda global. Outro destaque foi a empresa Santos Brasil, que disparou com a notícia da venda de uma significativa parte de seu negócio para a francesa CMA CGM. Confira as empresas que mais se valorizaram em 2024:
- Embraer (EMBR3) – R$ 47,89 – Variação no ano: 114,25%
- BRF (BRFS3) – R$ 23,78 – Variação no ano: 71,25%
- Santos Brasil (STBP3) – R$ 14,74 – Variação no ano: 63,64%
- WEG (WEGE3) – R$ 55,18 – Variação no ano: 49,68%
- Cemig (CMIG4) – R$ 11,43 – Variação no ano: 42,39%
- Marfrig (MRFG3) – R$ 13,71 – Variação no ano: 40,62%
- JBS (JBSS3) – R$ 32,53 – Variação no ano: 34%
- Sabesp (SBSP3) – R$ 90,22 – Variação no ano: 21,75%
- Petz (PETZ3) – R$ 4,75 – Variação no ano: 19,56%
- Caixa Seguridade (CXSE3) – R$ 14,62 – Variação no ano: 19,12%
Projeções para o futuro da Embraer
Em setembro, o Itaú BBA revisou para cima suas estimativas de lucro operacional para a Embraer até 2025, elevando a projeção em 16% comparado à previsão anterior.
Segundo o banco, um dos fatores que podem influenciar positivamente o desempenho futuro da empresa é a resolução da arbitragem com a Boeing, que pode resultar em uma entrada de caixa substancial para a companhia.
Assim, mesmo com a Embraer já liderando as valorizações das ações em 2024, o Itaú BBA mantém sua recomendação de compra para EMBR3. O novo preço-alvo da instituição para a ação até o final de 2025 é de R$ 56,40.
Concluindo, para os investidores, compreender esses movimentos e saber como posicionar seus investimentos pode ser a chave para aproveitar ao máximo essa tendência. Sejam ETFs, ações de mineradoras ou empresas, as possibilidades são variadas e podem oferecer boas oportunidades de ganhos.