Em meio ao impressionante valor de mercado da Apple, que se aproxima dos US$ 2,7 trilhões, os acionistas individuais desempenham papéis menores, mas significativos.
Tim Cook, CEO da Apple, detém cerca de US$ 550 milhões em ações da empresa. Do lado do conselho, Arthur Levinson possui aproximadamente US$ 760 milhões em ações. Embora sejam os maiores acionistas individuais, suas participações somadas representam apenas uma fração ínfima do total.
As participações de Cook e Levinson são insignificantes em relação ao vasto universo acionário da Apple. Cook detém cerca de 0,021% do total de ações, enquanto Levinson possui 0,029%.
Essa pequena parcela ilustra o funcionamento típico de corporações gigantescas, onde a maioria das ações não está nas mãos de indivíduos, mas sim sob a administração de grandes gestoras de fundos.
Quem são os verdadeiros gigantes dos investimentos?
No cenário atual, as principais gestoras de fundos são as verdadeiras forças por trás das maiores empresas do mundo, incluindo a Apple.
Combinadas, as quatro maiores gestoras têm sob sua administração ativos que somam US$ 24,4 trilhões. Para se ter uma ideia do que esse número representa, ele é comparável ao Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
Essas gigantes da gestão de ativos são, por ordem de volume sob administração: BlackRock (detentora de 14,75% das ações da Renner e 4,55% das ações da Microsoft) com US$ 9,1 trilhões, Vanguard com US$ 7,2 trilhões, Fidelity com US$ 4,4 trilhões, e State Street com US$ 3,7 trilhões.
Em conjunto, essas entidades mantêm posições significativas em várias empresas de renome, incluindo as líderes do S&P 500.
Quais são as outras gestoras relevantes?
Além das “big four”, outras gestoras como a Geode Capital e a Berkshire Hathaway também detêm posições consideráveis no mercado. A Geode Capital administra cerca de US$ 1,1 trilhões em ativos, enquanto a Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffett, controla aproximadamente US$ 350 bilhões.
Investimentos corporativos em perspectiva
Para se entender a magnitude dos investimentos sob gestão dessas entidades, consideremos o prêmio da Mega Sena da Virada de cerca de R$ 588,8 milhões. Precisariam ganhar esse prêmio anualmente por dois séculos para alcançar os valores que as maiores gestoras administram atualmente.
Esse contexto revela que, apesar de indivíduos como Tim Cook e Arthur Levinson possuírem somas substanciais de ações, o poder econômico reside majoritariamente nas mãos das grandes gestoras de fundos, que têm a capacidade de direcionar mercados e influenciar decisões corporativas em escala global.