O recente acordo firmado entre a Petrobras e a Receita Federal, que encerra uma longa disputa tributária bilionária, é analisado de forma positiva pelo BTG Pactual.
Anunciado na última segunda-feira, 17, o entendimento é visto não apenas como uma solução para uma pendência antiga, mas também como uma vantagem para os acionistas da estatal, no tocante a distribuição de lucros e dividendos.
A disputa envolvia significativos valores que a Receita Federal cobrava da Petrobras, totalizando R$ 44,79 bilhões e abarcando tributos como IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), PIS e Cofins sobre valores remetidos para o exterior.
Porém, a negociação culminou na redução de 65% dessa cobrança, o que representa uma economia de aproximadamente R$ 19,80 bilhões para a companhia petrolífera.
Como o acordo impacta os dividendos da Petrobras?
O acordo, que teve a chancela do conselho de administração da Petrobras, envolve adesão ao Edital de Transação PGFN-RFB 6/2024 para quitar os débitos com desconto frente ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
Para os investidores, a questão-chave que se apresenta é: como essa negociação influencia o pagamento de dividendos?
O que está previsto para os lucros e dividendos após o acordo?
A Petrobras já sinalizou que esse acordo teria um impacto de R$ 11,87 bilhões no lucro líquido do segundo trimestre de 2024. Tal valor suscitou dúvidas sobre a continuidade dos proventos aos acionistas.
No entanto, o BTG Pactual elucida que, apesar do acordo parecer inicialmente prejudicar os dividendos no curto prazo, a médio e longo prazo, a situação pode ser bastante favorável.
Os analistas do banco demonstram confiança no rendimento positivo de dividendos da Petrobras, prevendo um dividend yield impressionante de 16% nos próximos 12 meses.
Isso se baseia em uma projeção onde consideram os investimentos reduzidos e a ausência de grandes fusões e aquisições, situando o pagamento de cerca de US$ 4,6 bilhões em dividendos especiais.
Qual a visão dos especialistas sobre o futuro da Petrobras?
Ainda de acordo com a análise do BTG Pactual, a estatal brasileira se mantém como uma escolha atrativa de investimento no setor energético. A valorização esperada para os títulos é robusta, impulsionada por uma gestão fiscal prudente e pela manutenção de uma política de dividendos competitiva.
Além disso, o banco sustenta que o recente acordo tenderá a ser bem visto pelo mercado, consolidando ainda mais a confiança na Petrobras.
Apesar das incertezas que rondam o mercado financeiro e as economias globais, casos como o da Petrobras exemplificam como intervenções estratégicas e negociações assertivas podem salvaguardar os interesses dos investidores e sustentar a rentabilidade a longo prazo.
Assim, observa-se que estratégias bem implementadas de resolução de disputas podem eventualmente resultar em cenários extremamente benéficos para os acionistas.
Conexão com investidores
Para aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos financeiros e seguir atualizados sobre movimentações do mercado, subscrições de newsletters especializadas, como a do BTG Pactual, são fortemente recomendadas. Estas são ferramentas valiosas para quem pretende capitalizar através de esclarecimentos precisos e análises profundas do cenário econômico.